22.8.08

O Espaço que Ocupa o Desejo

O desejo certamente ocupa algum espaço. Qual é esse espaço, eu não sei, mas percebo que todas as vezes que transformamos um desejo por alguma coisa em algo quase obssessivo, não damos espaço para que esta coisa aconteça. É como se uma "área de manobra" fosse necessária para que o desejado se opere, e, sem espaço, fica inviável. É bom desejar, mas o excesso atrapalha. O lance é o milenar caminho do meio.

Bom, vou tentar meditar debaixo de uma serpente e depois a gente conversa.

15.8.08

Um novo rio, apesar de ser o mesmo

De volta às letras.

Acumulamos

Vindo pro trabalho fiquei observando as pessoas em seus apartamentos e pensando que as casas se parecem mais com depósitos. Precisamos de garagem pra depositar carros, de armários pra guardar coisas que muitas vezes não usamos, de estantes pra amazenar livros que não lemos, sequer consultamos e de camas pra largar nossos corpos extenuados de tantos dias cegos de repetições. Porque queremos acumular tanto? Corremos diariamente pro trabalho pra acumular dinheiro e coisas. Que importância têm essas coisas, afinal, que nos fazem viver sem enxergar?

Nessa correria de todo dia perdemos o melhor da festa. O café da manhã saboreado, um bom dia, pra quem a gente gosta, mais demorado, um carinho no bichinho de estimação tão companheiro, um olhar mais profundo pro céu que nos abraça, um banho aproveitado, um programa interessante na TV.

Vivemos pra quê mesmo?

Lembrei de um filme que assisti há pouco tempo, Into the Wild. Vale a pena.